Ao todo, foram plantadas 26 diferentes variedades e avaliadas em suas características fenológicas e condições de adaptabilidade ao ‘terroir’ da região, levando em conta principalmente a resistência as doenças, as condições climáticas e naturalmente, a qualidade final dos vinhos produzidos. Atualmente sobressaem as tintas Sangiovese, Montepulciano, Refosco dal Peduncolo Rosso, Aglianico e Primitivo, e as brancas Gewurztraminer, Garganega, Grechetto, Vermentino e Verdello. No entanto, três uvas tintas são cultivadas com distinta paixão. A Rondinella, a Corvina e a Molinara, para a produção de um vinho especial, com uvas apassitadas, no estilo Amarone della Valpolicella (Passione).
Variedade das mais cultivadas na Italia, principalmente nas Regiões Centro-Sul, onde é produzido o famoso Montepulciano d'Abruzzo e um rosé intenso, chamado Cerasuolo, cuja cor lembra o suco de cerejas maduras.
Varietal bastante tardia na brotação, apresenta a vantagem de não ser atingida pelas geadas que podem ocorrer no final de setembro e outubro na Serra Catarinense. Seus cachos são de tamanho médio, geralmente cônicos e medianamente compactos.
Com um longo período de maturação é última uva a ser colhida. Isso permite uma grande concentração de açucares, aromas, polifenóis e uma perfeita maturação dos seus potentes taninos.
Originaria da Toscana é a uva mais cultivada na Italia, produzindo na sua região de origem, os famosos Brunellos di Montalcino, os Chiantis e mais recentemente, compondo parte importante dos chamados Supertoscanos.
Com boa adaptação a Serra Catarinense, apresenta brotação médio precoce, produtividade equilibrada, com cachos de tamanho médio, semi- compactos, com grãos levemente ovais e casca fina, mas resistente.
Produz um vinho de cor rubi que exprime aromas complexos e elegantes. De sabor seco, levemente tânico, corpo médio, boa estrutura, harmônicos e frutados.
Permite também a elaboração de um elegante vinho rosado.
Cultivada especialmente na região italiana da Puglia onde se destaca na Denominação de Origem Primitivo de Manduria.
Relativamente precoce, pode sofrer danos com as geadas tardias.
Tem cachos médios, cilíndricos e um pouco compactos. Pode apresentar alguma sensibilidade as doenças fúngicas, portanto requer atenção em sua condução em períodos muito chuvosos.
Entretanto, a qualidade da uva é muito boa, resultando em vinhos com tipicidade, equilibrados e de excepcional qualidade.
Originária da Região do Friuli, nordeste italiano, é cultivada também em algumas regiões do Veneto. Planta com bom vigor e ótima resistência as principais doenças e embora precoce resiste relativamente bem as geadas primaveris.
Tem o cacho de tamanho médio, grãos pequenos e soltos. Quando maduros os pedúnculos tendem a cor vermelha. A produtividade é relativamente baixa, podendo não alcançar um kg por planta.
Mas o resultado é um vinho absolutamente único, no que diz respeito aos aromas, sabores estrutura, taninos e uma inigualável complexidade.
Cultivado na Basilicata e Campagna, onde são produzidos os Aglianico del Vulture e Taurasi, respectivamente.
Cachos médios, medianamente compactos, tem um ciclo longo, amadurecendo plenamente quando suas folhas adquirem tons avermelhados.
Produz um vinho com delicados aromas de frutas e especiarias. Potente, seco, tânico, alcoólico, mas equilibrado. Alguns enólogos italianos destacam que os vinhos da Aglianico têm uma semelhança no seu estilo, com os vinhos Barolo, do
Piemonte, produzidos com a Nebbiolo.
Na Leone di Venezia, após passagem por 18 meses de barrica, entra na assemblagem do ícone Palladio.
Com as uvas Corvina, Rondinella e Molinara são elaborados os famosos vinhos Amarone della Valpolicella, um dos mais intrigantes e complexos vinhos italianos.
Antes da vinificação as uvas passam por um processo de “apassimento”, isto é, de secagem, tornando-se quase uvas passas.
Todo este processo resulta num vinho encorpado e com excepcional complexidade onde explodem aromas de passas, ameixas pretas e notas balsâmicas. Na boca se destacam frutas passas, compotas e cristalizadas, além de elegantes e complexas notas de especiarias. A passagem por carvalho confere ainda mais complexidade e torna seus taninos e o álcool (entre 15 e 17%) muito equilibrados e harmônicos.
Na Leone di Venezia, por pura paixão, cultivamos as três maravilhosas uvas e elaboramos apenas algumas garrafas, na melhor tradição veronese, pondo em prática todo o conhecimento e o fascínio adquiridos nesta mágica região.
Sua origem mais provável é o Norte da Italia, na região conhecida atualmente como Sud Tirol ( Trentino /Alto Adige), onde há registros de seu plantio já na Idade Media, junto ao vilarejo de Tramin, de onde teria derivado seu nome.
Mesmo sendo uma variedade bastante precoce, apresenta relativa resistência as geadas primaveris e boa tolerância as principais doença fúngicas.
Com cachos pequenos, quando amadurecem apresentam uma vistosa coloração rosada. À medida que acumulam açúcares, olhadas contra o sol, as bagas parecem levemente translúcidas. A produção por hectare na altitude da Serra Catarinense é muito pequena, mas compensada pela altíssima qualidade da uva.
Com ela elaboramos um vinho tranquilo que se apresenta muito aromático e elegante. Com as uvas postas a secar, elaboramos um especial vinho de sobremesa, o Dolce Vita. Fermentado com as cascas, fornece a complexidade dos aromas, estrutura e exuberância do vinho “estilo âmbar ou laranja”, o Oro Vecchio.
Originaria da Região de Verona (Veneto), onde é produzido o vinho branco D.O.C.G. Soave (Castelo di Soave) e o vinho doce Recioto.
Variedade bastante tardia, teve uma ótima adaptação ao terroir de altitude, embora sua produtividade não seja muito alta. Com um bom vigor vegetativo, apresenta cachos longos, grãos pequenos e soltos, que quando maduros adquirem tons dourados.
Produz um vinho exuberante, com muita estrutura. Um dos poucos brancos que ampliam suas características e complexidade quando fermentados em barricas de carvalho. Na Leone di Venezia além da fermentação realizada em barricas de primeiro uso, permanece “sur lies” durante três meses, onde faz também a fermentação malolática. Um vinho branco que serve para guarda.
Plantada em muitas regiões da Italia, se destaca na Liguria e na ilha da Sardenha.
Uma uva que pelas suas características apresenta grande versatilidade, podendo ser elaborados vinhos tranquilos, vinhos de sobremesa e espumantes.
Na Leone di Venezia participa da assemblagem Rialto, nas fermentações com cascas, do Oro Vecchio e no vinho base espumante Pregiato, contribuindo com aromas, estrutura, elegância e notas aromáticas características de mel.
Cultivado principalmente na Umbria, raramente vinificada em pureza, mas participa em assemblagens de importantes vinhos da região. Utilizado também em Vin Santos e espumantes.
Teve boa adaptação na altitude catarinense com boa produtividade e sanidade. Seus cachos são grandes e medianamente compactos.
Seu vinho possui uma vivacidade e uma picante acidez que auxilia no frescor e harmonia nas assemblagens que participa, como no Rialto e no espumante Pregiato, da Leone di Venezia.
Uva típica da região de Orvieto (Umbria), entra em inúmeros cortes de vinhos brancos da região.
Embora com produção não muito constante entre as safras, suas uvas são de excelente qualidade.
Produz um vinho frutado, corpo médio, com leve e delicado amargor e boa acidez.
Participa dos cortes do Rialto e da fermentação com as cascas do Oro Vecchio.